Resenha GOOD OMENS — BELAS MALDIÇÕES





 













GOOD OMENS: BELAS MALDIÇÕES
Neil Gaiman & Terry Pratchett






Páginas: 364.
Gênero: Humor, Comédia, Terror, Literatura fantástica, Ficção humorística.
Data de lançamento: 20/05/2019.
Nota: ★★★★☆






SINOPSE:

O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, para falar a verdade. Pouco antes da hora do jantar. Não há nada que possa ser feito para frustrar o Grande Plano divino. Mas quando uma freira satanista um tanto distraída estraga um esquema de troca de bebês e o pequeno Anticristo acaba sendo entregue ao casal errado, tem início uma série de erros cômicos que podem ameaçar o próprio Armagedom.

Aziraphale é um anjo que atua na Inglaterra e dono de um sebo nas horas vagas. Crowley é um demônio e ex-serpente responsável pela mesma região. Ambos veem nessa confusão uma grande oportunidade, porque os dois, que vivem entre os humanos desde o Princípio, apegaram-se demais ao mundo para desejar a grande batalha entre o Céu e o Inferno.

Em sua jornada para evitar o Armagedom e encontrar o Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa, eles acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê com precisão os acontecimentos do fim do mundo, com caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até com os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles terão de ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando... 

Esta edição de Good Omens: Belas Maldições contém a tradução revisada a partir do original revisto, aprovado por Neil Gaiman e pelo Pratchett Estate, que corrige vários erros de digitação e imprecisões presentes em edições anteriores.





Você já imaginou como seria o Armagedon? E por que seria necessária toda aquela extravagância de chuva de peixes, mar de sangue e cavaleiros do apocalipse? Bom, eu nunca tinha pensado, mas Neil Gaiman e Terry Pratchett me fizeram o favor de pensar e escrever esse livro mostrando como seria.

Um livro cômico e divertido que se você se distrai por um momento perde cerca de 22 tiradas incríveis (no mínimo) e mais umas 16 alfinetadas bonitas. Isso tudo sem perder o rumo de “o que fazer? o mundo vai acabar sábado”, o que deixa tudo ainda mais legal.

Confesso que demorei pra decidir a nota que daria para ele. Oscilei bastante entre 3 e 5 estrelas por alguns motivos, mas no final só não foi perfeito por um simples detalhe que incomodou a pessoa que vos fala: a forma como ele é dividido.

Não me levem a mal, parece um motivo bobo, mas pode ter certeza que não é. Eu geralmente não tenho problemas com tamanhos de capítulos (apesar de preferir os menores), mas esse livro não foi exatamente dividido em capítulos… Na verdade, a forma de divisão me lembra bem a de uma peça de teatro só que de uma forma mais complicada que eu só fui entender quase no fim do livro.

A questão é que, por não ter uma marcação tão específica, quanto mais eu lia mais páginas parecia ter, e mesmo que isso não seja algo tão ruim, me fez ficar um pouco travada e demorar mais do que o esperado para terminar o livro. Mas isso é apenas eu sendo chata, porque não interferiu em momento nenhum com o principal: o plot.

A história é realmente muito boa, bastante densa pela forma com que é escrita, mas muito muito boa. Tem momentos que eu lia algo e ficava “Não acredito!!! Isso é genial!!”, outras que eu ria de chorar, e outras que, por mais que odeie admitir, ficava confusa por não ter entendido e tinha que ler mais algumas vezes para fazer sentido pra mim (provavelmente por eu não ter tantos conhecimentos bíblicos ou dos momentos vividos pelos personagens).

E falando em personagens, não posso deixar de registrar que Aziraphale e Crowley foram a melhor parte do livro. Imagine só, um anjo que também é dono de um sebo na Inglaterra nas horas vagas e um demônio que também vive na Inglaterra. Os dois vivendo uma relação estranha de amizade desde o início dos tempos… Tem como ser melhor? São personagens extremamente carismáticos e suas participações só deixaram o livro ainda melhor em todos os momentos.

Posso dizer com todas as letras, Neil Gaiman e Terry Pretchett são geniais e eu realmente me apaixonei pela escrita deles, de verdade mesmo. Pretendo reler esse livro daqui a alguns anos porque tenho certeza que vou entender melhor essas partes, e porque esse é um daqueles livros que precisamos ler diversas vezes na vida.

Aliás, esse livro originou a série Good Omens do Amazon Prime e eu já estou louca para ver se é tão bom quanto… Quem sabe quando terminar faço uma comparação para postar aqui também, huh? E eu já ia me esquecendo, saibam que as notas de rodapé e as profecias são grandes concorrentes para as melhores coisas do livro.

Devo citar que além de tudo o que eu já falei, a diagramação das páginas e as capas de todas as edições são uma mais linda que a outra, com detalhes até mesmo nas descrições editoriais… É incrível.

Super indico o livro pra todos que gostarem desse tipo de leitura, só aconselho que tenham um caderninho do lado e prestem bastante atenção para entender tudo o que é dito… E quem sabe leiam mais algumas vezes para entender ainda melhor.

Ok, hora de parar porque estou a um ponto de falar vários spoilers. A última coisa que eu quero dizer pra quem for ler é: Prestem bastante atenção em TUDO, principalmente no “Domingo”, é o momento com uma das melhores paráfrases que eu já vi.

É isso. LEIAM GOOD OMENS — BELAS MALDIÇÕES!!!!!

 

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